Há alguns dias atrás, a filósofa Marilena Chauí Rupturas ministrou uma palestra sobre o tema “A fragilidade da democracia” para alunos a partir do 9° ano até o Ensino Médio, que tem idade entre 13 e 18 anos. O evento foi chamado de “Política em Pauta” e promovido pelo Colégio Oswald.
Durante o evento, Marilene Chauí argumentou que “a família é uma invenção do final do século XVIII e princípio do século XIX”. Foi ainda mais longe e disse também que os pais são déspotas e que quem defende a família é uma “besta”.
Se na década de 80, era considerada uma referência do moderno pensamento de esquerda, hoje suas ideias não podem ser levadas tão a sério assim.
A argumentação de Chauí parece coincidir muito com os argumentos de Marx, ao declarar que a família é uma invenção burguesa, a transmissora da psicologia mesma do poder.
Diferente de Chauí e Marx, muitos outros pensadores, teóricos, filósofos (e os que ainda mantém a lógica e o bom-senso, ouso dizer), defendem que a família está longe de ser uma invenção século XVIII. Claude Levi-Strauss, em seu livro intitulado “A família”, afirma que:
“a união mais ou menos durável, socialmente aprovada, de um homem, uma mulher e seus filhos é um fenômeno universal, presente em todo e qualquer tipo de sociedade” e que “a sociedade pertence ao reino da cultura, enquanto que a família é a emanação, ao nível social, daqueles requisitos naturais sem os quais não poderia existir a sociedade e, consequentemente, tampouco a humanidade”
A pergunta que fica é: será que os pais desses alunos estão cientes da palestra de Chauí?